Presos da Cadeia Pública de Esperança, no Agreste paraibano, iniciaram uma rebelião às 19h da quarta-feira (12) e não cessaram os protestos até as 7h desta quinta (13). Três detentos foram feitos reféns por colegas de celas e outros dois foram feridos. De acordo com o capitão Tavares, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que conduz as negociações, os manifestantes anunciaram que só libertam os reféns com a chegada de um juiz de execuções penais e de um promotor.
Ainda conforme o capitão, os presos reivindicam melhorias na infraestrutura da cadeia, revisão de penas e atendimento médico adequado. Eles também reclamam da superlotação. A cadeia que deveria abrigar apenas 20 presos comporta 50 atualmente.
Apesar das exigências, a rebelião teve início durante uma briga envolvendo oito detentos dentro de uma cela. Segundo o policial militar, dois agentes penitenciários faziam uma revista nas celas quando um grupo se desentendeu. Seis presos teriam ferido outros dois, um com golpes de espeto artesanal e outro espancado. Além deles, três foram feitos reféns.
Desde o início da rebelião, às 19h, a direção da cadeia pública tem o apoio do grupo de Choque e do Gate. Na tentativa de conter os protestos, os policiais interromperam o fornecimento de água e retiraram aparelhos de TV e ventiladores das celas. "Os ânimos se acalmaram, mas ainda estamos em estado de alerta", informou o capitão Tavares ao G1.
Um dos presos feridos foi atendido ainda na cela e permanece na cadeia. O outro está internado no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande sob custódia policial. Ele foi espancado e sofreu várias fraturas pelo corpo, inclusive na face. Seu estado de saúde é considerado regular.
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