
Sete casos investigados por pirâmide financeira 8 fotos
O
grupo BBom, que fornece rastreadores de veículos, também foi impedido
pela Justiça de recrutar novos integrantes. Os participantes se
associavam por meio de uma taxa de cadastro e de um valor de adesão.
Depois, comprometiam-se a trazer novos associados e a pagar uma taxa
mensal. A BBom diz que trabalha com marketing multinível. Segundo os
Ministérios Públicos Federal e Estadual de Goiás, o produto seria apenas
uma "isca". A investigação está em curso Leia mais Reprodução
A Justiça Federal em Goiás determinou, nesta segunda-feira (29), um
novo bloqueio judicial dos bens da empresa Bbom (Embrasystem Tecnologia
em Sistemas, Importações e Exportações), que fornece rastreadores de
veículos. A empresa é investigado por indícios de formação de pirâmide
financeira.
A nova ação foi movida a pedido do Ministério Público Federal (MPF-GO) porque a empresa continuou operando normalmente, mesmo tendo sido proibida.
O UOL entrou em contato com a Bbom, mas até a
publicação desta reportagem não recebeu respostas sobre o posicionamento
da empresa em relação ao novo bloqueio judicial. Anteriormente, a BBom
afirmou trabalhar com marketing multinível, e não pirâmide financeira.
A pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é
vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores
param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e
entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de
retorno expressivo em pouco tempo.
Empresas vão ter que mostrar quantos aparelhos foram vendidos
O processo ainda prevê que as supostas fornecedoras de rastreadores da
Bbom, Maxtrack Industrial e Over Book, prestem esclarecimentos, em
juízo, sobre quantos rastreadores conseguem produzir por mês.
As empresas terão que responder quantos e quais são os clientes para
quem fornecem rastreadores veiculares no Brasil; quantos rastreadores
veiculares foram vendidos para a empresa Embrasystem durante o ano de
2013, e quantos efetivamente foram entregues, detalhando esses números
mês a mês.
O objetivo é detectar se há ou não rastreadores em número suficiente para atender aos associados do negócio.
Empresa teve bens bloqueados e foi proibida de operar
Em 10 de julho, a Justiça tinha determinado o bloqueio de bens da companhia. Foram incluídos mais de cem veículos, além de R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo.
No dia 16 de julho, uma decisão determinou que as empresas do grupo BBOM parassem, imediatamente, de recrutar novos integrantes.
Como a empresa desrespeitou essa última decisão, desta vez ativos
financeiros existentes em nome da empresa foram bloqueados via Banco
Central. Os valores não foram divulgados pela procuradora da República
Mariane Guimarães.
O MPF-GO pediu, ainda, ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)
informações sobre a empresa de monitoramento Unepxmil, que integra o
mesmo grupo. O órgão informou que a empresa Embrasystem não possui
homologação e certificação junto ao órgão para prestar serviço de
monitoramento e localização de veículos.
Como funciona o negócio
Na Bbom, as pessoas que se associavam ao negócio eram remuneradas a
partir da indicação de novos participantes. No ato da vinculação, havia
um pagamento de R$ 60 para o cadastro e adesão no valor no plano
escolhido, que variava de R$ 600 a R$ 3 mil.
Quanto mais pessoas eram atraídas, o prêmio para o associado era maior.
Isso porque a bonificação era calculada a partir do número de adesões
de cada um dos participantes.
No Brasil, a prática de pirâmide financeira é proibida, configurando crime contra a economia popular (Lei 1.521/51).
FONTE: UOL
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