
Dilma
ou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, lideram a
corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 --o
Datafolha testou nove combinações de nomes.
A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.
O Datafolha entrevistou
4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de
erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Apesar do conforto
momentâneo que oferecem a Dilma, os eleitores emitem um sinal
contraditório para a petista. Dois terços dizem preferir que "a maior
parte das ações do próximo presidente seja diferente" das adotadas por
ela.
Entre
todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que
parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem
colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo
Campos (PSB). Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o
socialista, 15%.
Nesse
cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se
diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a
petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período. Ganharia no primeiro turno.
A
presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos
cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a
ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça
de chapa nas eleições do ano que vem.
Numa
das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois
adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma
está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20%
de Serra.
O
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num
dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma,
com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.
Diferentemente
de Dilma, o ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno nos
quatro cenários em que seu nome aparece --inclusive contra Marina e
Serra.
FOLHA DE SÃO PAULO