A Petrobras anunciou que o preço da gasolina vai aumentar 4% e o do
diesel sobe 8%. O aumento vale a partir de zero hora deste sábado (30). O
percentual de reajuste será aplicado nas refinarias. Nas bombas dos
postos, para o consumidor final, os novos preços devem ficar próximos
disso.
A Petrobras e o governo estavam estudando o aumento e iriam
divulgá-lo na semana passada, mas a decisão foi adiada para agora.
Também estava sendo avaliada uma nova metodologia de reajuste automático
dos preços dos combustíveis, entre outros temas.
A empresa decidiu não divulgar como será a política de reajustes, que
causou atritos entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da
companhia, Graça Foster.
O Conselho da estatal aprovou a implementação de uma política de
preços, mas “por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de
precificação serão estritamente internos à companhia”, segundo nota
distribuída pela empresa.
De acordo com a empresa, essa metodologia de reajuste “pretende
assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem da Petrobras
retornem aos limites estabelecidos no plano de negócios 2013-2017 em
até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a
aplicação da política de preços de combustíveis”.
Outro objetivo é “alcançar, em prazo compatível, a convergência dos
preços no Brasil com as referências internacionais”, disse a Petrobras. A
estatal informou ainda que não quer “repassar a volatilidade dos preços
internacionais ao consumidor doméstico”.
Nova metodologia foi proposta em outubro
Uma nova metodologia de reajuste foi proposta pela Petrobras na
reunião de outubro do Conselho. Desde então, o ministro da Fazenda e
presidente do Conselho, Guido Mantega, vinha dizendo que seria
necessária uma análise mais profunda sobre essa fórmula e que uma
decisão sobre o tema não poderia ser tomada de forma rápida.
A Petrobras (PETR3 e PETR4)
tinha pedido ao seu Conselho de Administração uma nova política de
preços, que previa reajustes automáticos e periódicos de combustíveis,
conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no
mercado internacional.
A fórmula desagradou a presidente Dilma porque poderia aumentar a
inflação e criar um mecanismo indesejável de indexação (aumentos
automáticos sempre que uma determinada situação é atingida).
A indexação foi um dos problemas para o país controlar a hiperinflação que existia até os anos 90.
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