RÁDIO

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Que poder terão as declarações de Cássio?

 O senador Cássio Cunha Lima finalmente rompe o silêncio em torno do tititi sobre uma eventual candidatura sua ao governo do Estado. E admitiu a possibilidade do seu nome ser trabalhado pelo partido. Teria sido precipitação? Ele não escondeu um “desejo de reparação” diante de um mandato interrompido pela cassação. O que isso pode significar?
Não há como negar, pode significar que ele esteja sinalizando para um possível rompimento futuro com o governador Ricardo Coutinho para sair candidato ao governo pelo PSDB. Embora sempre fazendo questão de dizer que é cedo para definições, Cássio deixou claro, nesta segunda-feira, que o compromisso que ele tinha com Ricardo Coutinho foi selado para aquela ocasião, 2010, não significando que seja extensível a outras campanhas políticas Ele disse que o partido fará “avaliação” do governo de Ricardo, mas o que pesa, mesmo, é uma definição da Justiça sobre se ele é ou não inelegível. Até essa definição sair, tudo será apenas especulação e “moído”.
De qualquer forma, embora ainda não haja decisões em torno de candidatura a governo, as declarações que o senador tanto tentou evitar podem desencadear um mal-estar entre tucanos com cargos no governo. Não há motivo – ainda – para Ricardo demitir os tucanos, nem estes pretendem entregar seus cargos, como deixou claro Ruy Carneiro. Mas há, sim, motivo para o atual governador ficar com o pé atrás. Afinal, o seu desempenho está sendo avaliado, foi o que Cássio deixou claro, e isso não é nada confortável. É como se a aliança que elegeu Ricardo estivesse, agora, sob uma condicional indigesta.
Certamente que esta não deve ter sido a intenção de Cássio ao afirmar que seu nome pode constar como candidato a governador pelo PSDB. Talvez ele quisesse apenas romper um silêncio para ser melhor compreendido, dizer que é natural que o partido queira ter um candidato, mas não necessariamente que vai tê-lo. Talvez ele quisesse apenas deixar claro que não existem amarras para o futuro, mas que nada obsta o fortalecimento da atual aliança. Talvez ele quisesse conferir prestígio ao seu partido, sem necessariamente diminuir a importância do partido aliado.
Talvez. Em todo caso, foi uma primeira bomba. Que pode inflamar ânimos, explodir em grandes estragos ou apenas ferir de leve alguns mais sensíveis. 
A campanha está começando.

JORNALISTA GISA VEIGA

BOM SUCESSO EM FOCO



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