O
deputado estadual Vituriano de Abreu (PSC) revelou, nesta quarta-feira
(23), o comércio entre candidatos e prefeitos e vereadores das cidades
do interior do estado. A tabela de preço, divulgada por Vituriano aponta
que candidatos a deputado estadual pagariam cerca de R$ 300 mil a R$
400 mil, a prefeitos, enquanto os candidatos a deputado federal
chegariam a pagar R$ 600 mil reais. Ainda segundo Vituriano, os
vereadores receberiam até R$ 30 mil para apoiar e trabalhar pelos
candidatos.
Um prefeito negocia com mais de um deputado da base, normalmente. As
negociações também incluiriam emenda que seriam conseguidas pelos
deputados em prol do apoio. No entanto, o deputado nega que seja adepto
desse método.
“Eu não estou procurando fazer esses negócios, porque já venho com
pessoal ligado a mim. Mas eu sinto que há pessoas chegando em lugares
que as pessoas nunca os viu e já sai com o negócio fechado. Eu fui a
três lugares que o apoio dessas cidades está ligado com o apoio de
deputados que nunca se ouviu falar deles. Qualquer pessoa deduz que
houve negociação”, ressalta Vituriano.
O deputado afirma que não acredita em negociação por troca de futuros
trabalhos, porque os deputados que antes teriam os votos dessa base já
viveriam “loucamente trabalhando por elas. Não acredito que seja por
milagre. Quem for procurar vai encontra negociação por valores altos”,
pontuou.
Vituriano afirmou que os valores lhe foram repassados pelo deputado
Marcio Roberto (PMDB). “Não sei quem disse para ele. São coisas que a
gente escuta e deduz também”, frisou.
O deputado Anísio Maia (PT) também afirmou que conhece esse comércio,
apesar de garantir que também não é adepto. “Eu ouço muitas histórias.
Na verdade a campanha eleitoral virou um leilão mesmo, não se discute
propostas, é uma coisa acintosa e vergonhosa. Eles dizem: eu quero tanto
para lhe apoiar e ponto final. É uma espécie de bolsa de valores. Quem
vale mais, quem paga mais. Eu tenho conhecimento de toda essa negociata.
Todo mundo sabe, isso é discutido em mesa de bar. Mas o responsável
disso é o congresso nacional”, finalizou.
As entrevistas foram dadas ao Programa Correio Debate.
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